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IA em célula: a função Copilot que transforma o Excel

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IA em célula: a função Copilot que transforma o Excel

A inteligência artificial está deixando o chat e entrando nas células. Literalmente. No vídeo apresentado por Joe e Katherine, da equipe do Excel, vemos a nova função =COPILOT operando como qualquer outra função nativa da planilha. O recurso injeta IA de linguagem diretamente no fluxo de trabalho, com entrada e saída estruturadas. Isso muda como pensamos em automação, análise e decisões dentro do Excel.

“Não estamos apenas criando uma nova função; estamos desbloqueando uma nova forma de pensar.” A frase define o tom do anúncio. E ela é precisa. A função Copilot não é um chatbot flutuante. Ela é parte do modelo da planilha. Vive nos intervalos, respeita as dependências e conversa com suas fórmulas.

Este artigo apresenta o que a função faz, como funciona e como aplicá-la em negócios. Trazemos as cenas-chave do vídeo, práticas recomendadas e riscos a considerar. O objetivo é que você entenda quando usar, como medir valor e como escalar com governança.

O que é a função =COPILOT no Excel

Segundo Joe, “A função COPILOT é como qualquer outra função. Você a acessa digitando =COPILOT”. O comportamento geral é simples:

  • Argumento 1: o prompt. É a instrução em linguagem natural.
  • Argumento 2: o contexto. Geralmente, um intervalo de dados relevante.
  • Retorno: texto ou tabelas. O resultado pode se espalhar como uma matriz dinâmica.

O Excel envia o prompt e o contexto para um LLM. O modelo processa e retorna a resposta diretamente para a célula. Isso habilita tarefas sofisticadas com poucas palavras. E mantém tudo dentro do cálculo da planilha, com recálculo automático ao mudar dados ou entradas.

Por que isso importa para negócios

A IA vai até o dado, não o contrário. Você não precisa exportar conteúdo para uma ferramenta externa. A análise acontece no lugar onde times financeiros, de operações e de produto já trabalham. Isso reduz atritos, acelera ciclos e dá visibilidade do raciocínio dentro do próprio arquivo.

Benefícios práticos:

  • Padronização de análises com fórmulas reutilizáveis.
  • Escala com matrizes dinâmicas e referências estruturadas.
  • Transparência no fluxo de cálculo e no histórico de mudanças.
  • Integração natural com funções existentes, como COUNTA, SORT, FILTER e PIVOTBY.

Para líderes, isso significa mais autonomia para times e menos dependência de integrações frágeis. Para analistas, significa prototipar e iterar mais rápido, com governança.

O que o vídeo demonstra na prática

O vídeo (link no final) mostra um caso simples e valioso: analisar feedback de usuários sobre uma máquina de café. Ele cobre três movimentos essenciais: resumir, classificar e agregar.

  1. Resumo em linguagem natural
  • Fórmula: =COPILOT("Resuma este feedback em um parágrafo", A2:A500).
  • Ajuste rápido: “Devolva como uma frase.”
  • Resultado: visão clara dos temas. Exemplo do vídeo: facilidade de uso, ruído e manutenção.
  1. Classificação por categorias
  • Estrutura: uma coluna com comentários e uma coluna com categorias possíveis.
  • Fórmula: =COPILOT("Classifique este feedback em uma dessas categorias", A2:A500, C1:C10).
  • Dica do vídeo: inclua uma célula vazia no intervalo de categorias para permitir expansão futura.
  • Resultado: a função retorna uma matriz com a categoria para cada comentário.
  1. Sentimento e emoji em uma chamada
  • Prompt orientado a colunas: “Retorne estas colunas: categoria, sentimento e emoji.”
  • Resultado: uma matriz com três colunas preenchidas pelo modelo. “Aí está: categoria, sentimento e emoji.”
  1. Agregação com PIVOTBY
  • Fórmula base: =PIVOTBY(linhas: categorias; colunas: emojis; agregação: COUNTA(comentários)).
  • Resultado: contagem por categoria e por emoji, em uma tabela resumo.

O ponto central é a coerência com a lógica do Excel. A IA gera dados estruturados que se conectam com o restante do cálculo. Quando você atualiza o intervalo de categorias (por exemplo, adiciona “manutenção”), toda a planilha se recalcula. “Totalmente integrado ao sistema de cálculo do Excel.”

Como a função opera sob o capô (sem mistério)

A função envia instruções e dados ao modelo. O resultado volta como texto ou tabela. Ao retornar uma tabela, o Excel derrama os dados em células adjacentes. Esse comportamento usa matrizes dinâmicas, uma base importante desde sua introdução no Excel moderno.

Recursos úteis para se aprofundar:

  • Microsoft Learn — Visão geral do Microsoft 365 Copilot: https://learn.microsoft.com/microsoft-365-copilot/
  • Guia de matrizes dinâmicas e comportamento de spill: https://support.microsoft.com/office/dynamic-array-formulas-and-spilled-array-behavior-64ba8328-41e4-45b1-9b1d-93c357b408a3

Essas leituras ajudam a entender como gerenciar derramamento de resultados, erros e recálculo.

Boas práticas de prompting no Excel

O prompt é a interface. Trate-o como um contrato claro entre você e o modelo.

  • Seja específico na tarefa. Diga “classifique em” ou “resuma em uma frase”.
  • Declare o formato de saída. Liste colunas e a ordem desejada.
  • Dê contexto explícito. Passe o intervalo certo. Prefira dados limpos.
  • Evite ambiguidade. Especifique domínios, idiomas e limites de tamanho.
  • Documente o prompt. Use comentários de célula para explicar escolhas.

Exemplos práticos:

  • “Resuma em uma única sentença. Mencione no máximo três temas.”
  • “Retorne as colunas: Categoria, Sentimento, Emoji. Use apenas as categorias listadas.”
  • “Classifique como Positivo, Neutro ou Negativo. Não use outras etiquetas.”

Pequenas frases evitam surpresas e resultados inconsistentes.

Estruturando a saída para uso em análise

Trate o retorno da IA como uma tabela de fatos. Isso facilita pivotar, filtrar e criar gráficos.

  • Defina os cabeçalhos na primeira linha do retorno.
  • Use validação de dados para padronizar rótulos.
  • Nomeie intervalos e use referências estruturadas.
  • Encadeie =COPILOT com =LET e =LAMBDA para reutilização.

Se o derramamento conflitar com células ocupadas, mova a célula âncora. Evite que outras fórmulas invadam o espaço do spill.

Governança, qualidade e risco

IA em planilhas é poderosa. Mas exige disciplina.

  • Confiabilidade: revise amostras do resultado. Faça dupla checagem com regras determinísticas.
  • Dados sensíveis: siga políticas internas. Evite expor PII no contexto enviado.
  • Rastreabilidade: salve versões de prompts e intervalos. Documente mudanças.
  • Medição: defina métricas de precisão para classificação e sentimento.
  • Alinhamento: envolva jurídico e segurança desde o início.

Referências úteis para governança:

  • NIST AI Risk Management Framework (NIST AI RMF): https://www.nist.gov/itl/ai-risk-management-framework

Aplique o framework ao ciclo de vida das planilhas críticas. Especialmente se as saídas alimentarem decisões financeiras ou regulatórias.

Aplicando no seu cenário: guia passo a passo

A seguir, um roteiro prático para reproduzir o caso do vídeo e adaptá-lo a negócios.

  1. Prepare os dados
  • Cole feedbacks em uma coluna. Ex.: A2:A500.
  • Crie uma lista de categorias em D1:D10. Deixe D10 vazio para expansão.
  1. Produza um resumo executivo
  • Em B1, digite: =COPILOT("Resuma este feedback em uma frase", A2:A500).
  • Ajuste o prompt se a frase ficar longa. Limite em 25 palavras.
  1. Classifique cada feedback
  • Em E2, digite: =COPILOT("Classifique este feedback em uma dessas categorias", A2:A500, D1:D10).
  • Verifique inconsistências. Padronize maiúsculas/minúsculas.
  1. Extraia sentimento e emoji
  • Em H2, digite: =COPILOT("Retorne estas colunas: Categoria, Sentimento, Emoji. Use apenas as categorias listadas.", A2:A500, D1:D10).
  • Confirme se a matriz derramada tem três colunas coerentes.
  1. Crie um resumo com PIVOTBY
  • Em L2, use: =PIVOTBY(H2:H, J2:J, COUNTA(A2:A)) substituindo por seus intervalos reais.
  • Cheque se a contagem por categoria e emoji faz sentido.
  1. Publique um painel simples
  • Construa um gráfico de barras por categoria.
  • Adicione um cartão com o resumo final do sentimento.
  • Documente o prompt em um painel de “Notas”.
  1. Garanta manutenção e qualidade
  • Adicione testes com amostras “conhecidas”.
  • Use =IFERROR() para tratar retornos vazios ou inválidos.
  • Defina uma rotina de revisão semanal.

Onde o =COPILOT brilha em negócios

  • Voz do cliente: resumir enquetes, NPS e comentários de suporte.
  • RH: agrupar motivos de pedidos de desligamento e clima organizacional.
  • Operações: extrair causas de incidentes e ações recomendadas.
  • Vendas: classificar objeções e sentimentos em anotações de CRM exportadas.
  • Finanças: normalizar descrições de despesas para centros de custo.

O padrão de uso é similar. Conecte dados, oriente o formato e empilhe o retorno em análises agregadas.

Limitações e como contorná-las

  • Ambiguidade de categorias: forneça uma lista fechada. Inclua exemplos no prompt.
  • Respostas longas: imponha limites. “Máximo 100 caracteres por célula.”
  • Inconsistências nos rótulos: normalize com mapas XLOOKUP ou validação de dados.
  • Drift de dados: recalcule com amostras e monitore tendência de erro.
  • Privacidade: masque identificadores. Use ambientes autorizados e logs de auditoria.

Se o volume crescer, considere mover parte da lógica para o Power BI ou para um pipeline com notebooks. Use o Excel como camada de orquestração e fronteira de qualidade.

Combinações avançadas para power users

  • =LET() para nomear subcomponentes do prompt e do contexto.
  • =LAMBDA() para transformar prompts em funções reutilizáveis.
  • =MAP() e =BYROW() para aplicar prompts linha a linha quando fizer sentido.
  • =TEXTSPLIT() e =TOCOL() para estruturar a saída textual em colunas.
  • =FILTER() para construir amostras de revisão humana.

Exemplo de padrão robusto:

  • Use =LET(raw, A2:A500, cats, D1:D10, COPILOT("Retorne as colunas: Categoria, Sentimento, Emoji.", raw, cats)).

Mantenha os nomes claros. Isso facilita manutenção por outros analistas.

Medindo ROI e impacto

Defina métricas antes de escalar. Sugestões:

  • Tempo economizado por análise recorrente.
  • Precisão da classificação versus rótulos humanos.
  • Redução de retrabalho por inconsistências de dados.
  • Velocidade de resposta a tendências de cliente.

Crie um painel de governança. Monitore erros, mudanças de prompt e datasets usados. Isso apoia auditorias e treinamento contínuo.

Lições principais do vídeo

Algumas frases reforçam a proposta de valor:

  • “Digite =COPILOT e lá você vê a assinatura.” Simples de começar.
  • “O retorno veio como uma matriz, que se espalhou.” Integração com matrizes dinâmicas.
  • “Retorne estas colunas: categoria, sentimento e emoji.” Controle de formato na própria função.
  • “Quando atualizo a lista, tudo se recalcula.” IA nativa no grafo de cálculo do Excel.

A mensagem é clara: a IA está “profundamente e perfeitamente integrada” ao Excel. Ela respeita a lógica da planilha e expande o que é possível fazer sem sair do arquivo.

Conclusão: a planilha como plataforma de IA

A função =COPILOT transforma o Excel em um orquestrador de linguagem natural. Você descreve a tarefa, aponta dados e recebe uma saída pronta para analisar. Isso reduz atrito entre exploração e produção. E cria um novo padrão de colaboração entre pessoas, dados e modelos.

Comece simples. Replique o caso do feedback. Depois, normalize rótulos, crie pivôs e publique um painel. A partir daí, eleve a governança com métricas e revisão humana.

A IA não substitui pensamento crítico. Mas amplia sua capacidade. Use a função Copilot para acelerar perguntas, estruturar respostas e dar foco ao que importa: tomar decisões melhores, mais rápido.

Assista ao vídeo de demonstração para ver tudo em ação e compartilhar com seu time. Ele mostra a fluidez do fluxo e o potencial de impacto no dia a dia.

Referências

  • Microsoft Learn — Visão geral do Microsoft 365 Copilot: https://learn.microsoft.com/microsoft-365-copilot/
  • Matrizes dinâmicas no Excel: https://support.microsoft.com/office/dynamic-array-formulas-and-spilled-array-behavior-64ba8328-41e4-45b1-9b1d-93c357b408a3
  • NIST AI Risk Management Framework: https://www.nist.gov/itl/ai-risk-management-framework

Perguntas frequentes (FAQ)

O que é a função Copilot no Excel?

A função Copilot é uma nova ferramenta no Excel que permite aos usuários interagir com o modelo de linguagem de forma natural. Você pode usar a função digitando =COPILOT, enviando um prompt e um contexto, e o resultado é automaticamente retornado na planilha.

Como posso usar a função Copilot para resumir dados?

Para resumir dados usando a função Copilot, você deve digitar =COPILOT seguido pelo prompt como 'Resuma este feedback em um parágrafo' e, em seguida, passar o intervalo de dados que deseja resumir. O resultado aparecerá na sua planilha.

É possível classificar dados com a função Copilot?

Sim, você pode classificar dados usando a função Copilot. Por exemplo, você pode usar o comando =COPILOT e pedir para classificar feedback em categorias específicas, passando o intervalo de feedback e as categorias desejadas, e o resultado será categorizado automaticamente.

A função Copilot pode analisar sentimentos? Como?

Sim, a função Copilot pode realizar análise de sentimentos. Você pode solicitar que ela retorne categorias, sentimentos e até emojis correspondentes, digitando um prompt como 'Retorne estas colunas' e especificando qual informação deseja extrair.

A função Copilot funciona com matrizes dinâmicas?

Sim, a função Copilot é integrada ao sistema de matrizes dinâmicas do Excel. Ao usar o Copilot para classificar dados, o resultado será retornado como uma matriz que se espalha automaticamente pela planilha.

Posso adicionar novas categorias na análise com a função Copilot?

Sim, você pode adicionar novas categorias facilmente. Ao referenciar o intervalo inteiro na sua fórmula, o Excel atualizará automaticamente os resultados para incluir novas categorias que você adicionar.